Fronteira liberada, a Tcheca estava aberta pra nós , mais uns 90 km de estrada e chegamos à Praga, uma cidade que impressiona pela beleza de sua arquitetura e de suas mulheres e pela qualidade da cerveja (o que mais se pode querer?!).Chegamos ao bar onde seria o show e, num primeiro momento, ficamos um pouco preocupados com o que teríamos pela frente, pois o lugar parecia um pouco distante do centro e pelas paredes
havia apenas posters de rockabilly e psychobilly, o que nos fez acreditar que o show seria fraco e pra poucas pessoas. E como se já não fossemos pessimistas por natureza, Basti nos ajudou a acreditar nisso. Ledo engano.Em determinado momento, eu estava na barraca do merchandise, pouco depois de bater um rango quando o Jef veio até mim dizendo que pelo jeito o show iria ser legal, pois havia muita gente chegando, eu nem me animei muito pois achei que era o público do próprio pub, e então ele disse: "Mano, só tem punk".
E era verdade, o público começou a chegar ao local e o bar ficou totalmente lotado de punks antes mesmo dos shows começarem.Duas boas bandas de crust suecas abriram a noite e enquanto víamos os shows encontramos alguns portugueses, espanhóis e nosso amigo venezuelano do Los Dolares (Juan Miguel) que estavam na República Tcheca para um show que fariam no dia seguinte com sua nova banda, o Etacarinae.
Algumas cervejas com os caras e fomos tocar com a certeza que o show seria bom, o público já estava aglomerado na frente do palco enquanto ligávamos nosso equipamento (o que é sempre um bom sinal) e foi só darmos o primeiro acorde pra insanidade começar.
O público agitou todas as músicas, havia pessoas cantando os refrões, gente caindo no palco, sendo carregada sobre os outros e o que mais se possa imaginar.
Em determinado momento, os caras pegaram o Jeferson no braços e ele foi conduzido sobre o público enquanto tocava. E enquanto eu pensava: “se fudeu hehehe”, os caras me pegaram também e por duas vezes (Me fudi...).
Terminamos o show, mas acabamos por voltar para mais dois “bis” e a pedido dos portugueses mandamos umas 2 ou 3 do Olho Seco, foi foda...Fim do show, merchandise bombando e várias pessoas com o nosso novo disco na mão. Fui conversar com a galera pra descobrir a razão de toda aquela loucura, e o louco mesmo foi descobrir que apesar de termos estado apenas uma vezes na República Tcheca, somos bem conhecidos por lá, pois segundo os caras, o local do show era totalmente desconhecido pelo pessoal de lá e, portanto, todo aquele público realmente estava lá por nossa causa e não por freqüentar o local regularmente.
Enfim, após guardarmos as coisas, fomos com os hermanos, alguns tchecos e um inglês (Chris, ex-integrante do Varukers) pra um pub onde tomamos mais algumas cervejas (as melhores da europa por sinal).
No dia seguinte tínhamos mais um show na República Tcheca, mas nosso “organizador” não havia dado nenhuma informação mais específica ao Basti, ou seja, sabíamos apenas o nome da cidade, sem saber, todavia, o nome do bar, endereço, telefone de contato, etc., e assim, por
mais que quiséssemos, realmente não tínhamos como chegar no local.Bom, já conformados com um “day off” forçado, saímos pelo centro de Praga e a noite fomos ao show do Etacarinae. Lá o Basti recebeu finalmente uma mensagem do Timo (só agora...) dizendo que o cara do show daquela noite, havia ligado e que o lugar estava cheio, o que nos deixou realmente frustrados.
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Legenda das Fotos:
(1) Bem-vindo à Praga.
(2) Ao vivo.
(3) Jeff "tocando"(?).
(4) Marcos "flutuando".
(5) La Raza (Brasileiros, Espanhois, Tchecos, Portugueses, Venezuelanos).
(6) Yasmina, Marcos, Juan Miguel, Chris.
(7) Agros pagando de turistas.
(8) Praga.
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